domingo, 31 de janeiro de 2010

Filha da puta. Filho da puta.
Aos respectivos envio nada mais que isto. A ela, porque me deixou; a ele, porque me despediu.
Desde que cresço que não estou habituado a ser especialmente popular (pelo menos no sentido caloroso da palavra) nem a sair com amigos porreiros, no entanto achei que pelo menos a coisa tinha estagnado. E estagnou, se for a ver bem. No entanto foi efémero.
Estranho circuito, este: Trabalhar para sustentar casa e mulher; por causa disso dedicar pouco tempo à mulher; compensá-la, passando mais tempo juntos; ser despedido. Ponto. WTF? OMG!
Que bug de vida,esta! Salva-me o refúgio nos computadores e nesse mundo virtual ao qual dediquei parte da vida e com o qual suspeito até ter fundido a alma. Valha-me o WOW pela descompressão que é equipar bestas e fazer party's online. Vocês, percebem-me, certo?
Só me faltava falhar a net, agora...
Filhos da puta, repito.

Xico Cruz, o Merdas

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

A rua

Queria ter uma rua.

Uma que fosse escura e fria, sempre.
E que nela habitassem ratos. Sim.
Que lá houvessem vagabundos e gente indecente.
Queria que nela houvessem putas, pegas, rameiras.
Espancadas e brutalizadas no seu trabalho,
Apunhaladas por não saberem chupar um caralho,
Estendidas e arremessadas pelos cabelos
Às mãos de camelos que perderam as estribeiras.
Ao mesmo tempo, outra confusão. Sim.
E outra, agora! Assim, o quadro melhora.
Quero sangue. Sangue de vários, sangue de muitos!
Machadadas e facadas de carrascos fortuitos,
Vísceras expostas e órgãos coleccionados
Símbolos demoníacos e ritos macabros.
Quero assistir a tudo, em primeira pessoa
E talvez disparar sem apontar, à toa.
Com um copo de vinho e um cigarro na mão,
Rir.
Lamber os lábios quando corpo cair, inerte, no chão;
Inerte, ou a estrebuchar,
Morto ou ainda a arfar.
Mas quente, isso sim!
Para que se consuma lenta e vagarosamente
Nessa dança deturpada de morte
E perante toda a gente
O calor que significava a vida
E agora...Bem, a pouca sorte!

Não me cabe no peito tanto sentimento.
Loucura senil e sadista, mas pura.
Prazer orgasmico e insano, negro.
Um analgésico, mas dos que cura.
Estou tentado, descontrolado,
Declaro-me já culpado:
De sair à rua, por um bocado,
Violar e degolar uma fêmea inocente,
Voltar com um ventre rasgado
E nele acabar vorazmente
A comer,
Só por prazer,
Um feto, ainda mal-formado.

Insanus Sadistis

domingo, 17 de janeiro de 2010



Para matar o bichinho e acordar o cérebro. Até ia no RedBull, mas não gosto. Ainda assim, não trocava o gostinho a moka colombiano, por morango gaseificado e processado misturado com taurina. São gostos.
O ponto é: Tenho de acordar! Há demasiada actividade à noite para me tornar cordeirinho de manjedoura e me começar a babar sobre o peito ainda antes das 22h.
E a porta fica aberta para quem aceitar o convite. O último que a feche, só por precaução.


Desbastem. Atirem carne aos leões se for preciso, partam vidros se tiver que ser, berrem na rua se se sentirem obrigados. Às vezes basta isso, desbastar.