quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Poesia Gastronómica

Fiambre.

Rebentei a boca 3 vezes
De excesso de sal e gordo
Curado de porco-tordo
Por comer fiambre Nobre.

Quando acabou, senti-me pobre.
Era caro e durou pouco.
FIAMBRE DEIXAS-ME LOUCO!

Há quem peça para a droga,
Quem junte dinheiro para matar a sogra,
Mas eu peço para comer.
Pão, NÃO!
Que blasfémia de colhão.
Fiambre é que dá tesão.
E é de homem.

O que não é de homem é comer queijo,
É como ter medo de acentar tijolos,
É como fazer tapetes de arraiolos
É como não gostar de fiambre!

TRIM-TRIM!
Fiambre SIM!
Dá-me cócegas no cú,
Afasta Belzebú!
Purifica mim e tú!
FIAAAAMBRE! BRÉM-BRÉM.

MELÁ-MELÁ!
Fiambre de Massamá
TÉU-TÉU!
Fiambré é um pitéu!

Gosto de fiambre.

Fico louco quando esgota
Porque a minha mulher arrota
E o abecedário diz
Até conjugar fiambre
E parar por se sentir feliz!
Mas também infeliz, porque não há fiambre!

A vida resume-se a fiambre,
A isso e a tractores agrícolas,
Mas esses são para a terra!
O fiambre não. É para a boca.

Para mastigar e comer,
Durante esse tempo não se pode beber.
Senão entala-se e cospe-se o fiambre no desespero!
E o fiambre está caro.
E escasso. O do LIDL até está barato,
MAS É MERDA!
Não é de porco, é de foca!
Bicheza badalhoca que anda no mar.
O porco come restos e a foca come atum.
E sardinha!
Mas para o fiambre isso aninha,
Tira-lhe o gordo e o gosto,
Torna-o tosco.
É como fiambre de perú.
E de frango.
FODAM-SE, mais vale comer entranhas de cavalo.
Porque é cavalo.

E o cavalo é mais próximo do porco.

Fiambre. Quero é fiambre.


ADÉRITO FLORÊNCIO, 3º Batalhão de Infantaria, Angola, 1968, Regimento de Montezelo.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Dor/calendarização (!!!) e humanidade DECADENTe! Allé OPPP

Boi!
Boi boi.
Boi no cú do cavalo, montado de quatro
e com grassa a pingar.
Qual morcego que cospe e escarra para os marcadores da vida do papel e do nojo.

Boi!
Boi boi.
Uma gota de merda a boiar na água do banho...
PORRA! caguei-me e o despertador toca
ODITREVNI.

Que vida electrodoméstico madeira nhanha bosta!!
E no fim, apenas um..

Boi!
Boi boi.

Palavra do dia: CONA

Desrespeitosamente, e ao vosso inserviço,

Sr. Pomposa Lepra

Adágios à lareira, primeiro.

olá crianças, eu sou o velho que ri. deixem-me que vos conte aqui um pequeno adágio popular que eu inventei.

era uma vez um rabino e um porco e uma saca de alhos. o rabino tinha de fazer os alhos desaparecer porque.. agora esqueceu-me, mas era importante e ganhava dinheiro.
então virou-se para o porco e disse:
-porco, come os alhos.
responde o porco:
-não
e volta o rabino:
-porco, come os alhos.
responde o porco:
-não
e vira-se o rabino:
-porco, come os alhos e dou-te um tostão.
e o porco:
-não.
e responde o rabino:
-então como eu.

e comeu.

este conto faz a relação entre a vida não poder ser sempre perfeita e sobre a moralidade das pessoas e do que elas estão dispostas a fazer para viver e também fala do que um rabino judeu consegue perder na fé para ser capaz de ir mais além e vencer os seus demónios, medos e convencimentos.

mostra também que a carne é fraca, mas só se não for de porco.


O Velho que Ri.